O prédio da Prefeitura de Divinópolis, no interior de Minas Gerais, amanheceu pichado na última sexta-feira, 25, com ofensas direcionadas ao prefeito Gleidson Azevedo (Novo) e ao movimento religioso do qual ele faz parte. As palavras “Legendários”, “cornos” e “lixos” foram escritas nas paredes do local que abriga a sede da administração municipal. Em pronunciamento nas redes sociais, Gleidson classificou o ato como perseguição religiosa e intolerância, e afirmou que o caso será investigado.
“Será que é porque coloquei no slogan da prefeitura que Divinópolis é do Senhor? Ou porque sou um Legendários? Ou porque, há um mês, teve o Celebra, que é um evento evangélico?”, disse. “Vocês acham que estão me ofendendo? Vocês não estão ofendendo só o Gleidson, não. Estão ofendendo todos os cristãos de Divinópolis.”
O movimento Legendários, ao qual Gleidson pertence, é ligado à Igreja Batista da Lagoinha e ao pastor André Valadão. O grupo é conhecido por promover eventos religiosos com grande presença de fiéis e influência política crescente em cidades mineiras.
O prefeito comparou o episódio com o caso de Débora Rodrigues dos Santos, que foi condenada a 14 anos de prisão por escrever “Perdeu, mané” na estátua da Justiça durante os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. “Lá a Débora pegou 14 anos. E olha que o amor venceu. Aqui nós vai investigar. Será que vai ser dois pesos e duas medidas?”, disse o prefeito.
A assessoria de comunicação da Prefeitura informou que o caso será formalmente registrado na próxima segunda-feira, 28, e que imagens das câmeras de segurança da região estão sendo analisadas para identificar os autores da pichação. A Polícia Civil será acionada para conduzir as investigações.